quinta-feira, 14 de junho de 2012

Gelson Pires completa 50 anos como sócio do Inter

O vice-presidente de relações sociais do Internacional Gelson Tadeu Pires é reconhecido como um grande colorado, sempre com fortes discursos de paixão ao Inter. E nesta quarta-feira (06/06) ele completa uma marca relevante: meio século como sócio do Clube que tanto ama.

                Vice-presidente de relações sociais Gelson Pires se dedica ao Inter desde os 16 anos

Gelson Pires nasceu em Camaquã, no Sul do Estado, no dia 29 de abril de 1945. Aos 16 anos veio a Porto Alegre para estudar no Colégio do Rosário. Arranjou emprego em uma empresa de importação de arroz. Um dia após receber seu primeiro salário, o atual dirigente se associou ao Sport Club Internacional. A partir daquele momento, nunca parou de pagar sua mensalidade, mês a mês, há meio século.
“Desde aquele dia que me associei, nunca deixei de pagar. Seja ganhando, seja perdendo. Sou apaixonado pela instituição Internacional. O resultado de campo é consequência. O Inter só me dá alegrias e felicidade”, conta o também secretário geral do Clube.

                                      Primeira carteira de sócio, datada de 6 de junho de 1962

Quando sócio juvenil, Pires só pagava a mensalidade. Porém, na década de 60, quando voltou para o interior, começou a trabalhar pelo Inter. O Colorado instituiu, por meio da vice-presidência de construção do estádio, títulos patrimoniais que os sócios do interior compravam em prestações. Gelson Pires era o cobrador do Clube na cidade de Camaquã. Usava uma bicicleta e percorria os bairros todos os meses para cobrar a mensalidade dos sócios.
“É um orgulho muito grande esse meio século, não só de trabalho e dedicação, mas de amor e paixão. É um orgulho enorme como torcedor, como sócio e como membro da direção há mais de duas décadas”, conta, emocionado. 

                                               HISTÓRIAS

Anjo da Libertadores

“Costumo contar nas minhas viagens consulares sobre a história do Anjo do Beira-Rio. Recebi um e-mail de torcedor que disse ter visto um anjo dentro do Gigante na véspera do jogo contra o São Paulo (dia 16 de agosto de 2006). No meio dos meus discursos costumo dizer que, junto com o Clemer, naquela goleira estava Frederico Arnaldo Ballvé, Ildo Meneggeti, estava o meu pai, que morreu em 1998 e não viu o Inter ser campeão da América e do Mundo. Lá estavam todos os amigos de vocês e também parentes. Com esse discurso, as pessoas se emocionavam nas festas consulares. O que eu queria dizer era que estávamos todos com o Clemer de mãos dadas. O São Paulo poderia passar um mês jogando que não ia fazer gol.”

Emoção nos consulados

“Me emociona trabalhar nas relações sociais. Vejo a recepção que nós temos ao chegar nos consulados do Brasil inteiro. É muito carinho, muita dedicação. Um mar de gente, todos de vermelho. São as crianças, que são o futuro do Internacional. Hoje tu vais nas escolas e a maioria são colorados, usam a camiseta do Inter com muito orgulho. Me gratifica ver aquelas senhoras caminhando entre as pessoas procurando sócios para o Inter. Tudo isso por amor ao Clube. Aqui nada é por acaso, a gente está projetando o Inter para o futuro. As pessoas que aqui não estiverem mais vão deixar para os filhos, os netos, um legado maravilhoso. Um legado vitorioso.”

Campeão do Mundo FIFA na cama do hospital

“Depois de tanta luta, o Inter foi campeão da América e foi disputar a final no Japão. Naquele ano, eu, como sempre lutando contra recursos curtos, consegui fazer um financiamento. Nós, da direção, iríamos viajar no domingo, uma semana antes do jogo. Naquela semana viajamos com consulados e cheguei de madrugada. Pela manhã fui direto para o Gigantinho para participar da eleição do Conselho Deliberativo do Inter. Ao fim da tarde, eu estava ligando para um deles e acabei caindo em um buraco e rompendo os ligamentos de ambos os joelhos. Em dez minutos estava no hospital, fui operado e não fui para o Japão. Deus faz as coisas certas. Não sei se iria resistir à emoção de ser campeão do mundo lá no Japão, naquele inverno rigoroso. Assisti ao meu Inter ser Campeão do Mundo FIFA deitado em uma cama de hospital, assistido por quatro médicos e com a família. Fizemos uma anarquia no Mãe de Deus naquele dia. O hospital ficou enlouquecido.”

Memórias Coloradas

O vice-presidente de relações sociais tem um livro chamado ‘Como é bom ser colorado – Memórias coloradas de Gelson Pires’. A obra possui pouco mais de cem páginas e conta os momentos mais marcantes da longa história de identificação do dirigente com o Clube. O prefácio é escrito pelo presidente do Internacional, Giovanni Luigi

Fonte : Sport Culub Internacional

Nenhum comentário:

Postar um comentário